Um guarda civil municipal de Santaluz foi preso pela Polícia Civil nesta quarta-feira (30) por suspeita do assassinato de Marcelo da Silva Santos. O caso aconteceu no último dia 20 de julho, durante festa em comemoração ao aniversário da cidade. Gilmar Santos de Matos estava trabalhando quando agrediu, a golpes de cassetete, a vítima. O homem morreu quatro dias depois.

A prisão preventiva de Gilmar foi assinada pelo titular da comarca de Santaluz, Joel Firmino Júnior. Para embasar a decisão, o magistrado levou em consideração, entre vários pontos: “lesões compatíveis com agressão física e evolução para óbito, bem como certidão e declaração de óbito e boletim de ocorrência que registra a morte da vítima em decorrência de agressão física”.

Depoimentos de testemunhas à Polícia Civil também foram determinantes para o deferimento da prisão. Todas foram enfáticas ao afirmar que viram Gilmar dando os golpes contra Marcelo.

Para o juiz, a prisão do GCM foi importante por conta da gravidade do crime. “Justifica a custódia preventiva para garantia da ordem pública. Verifica-se o uso de instrumento contundente por agente público contra civil desarmado, em local público durante evento festivo, com resultado morte, demonstrando extrema violência empregada. Há relatos de que a vítima continuou sendo agredida mesmo após estar caída ao solo”, pontuou.

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O prefeito de Santaluz, Arismário Barbosa Júnior (Avante), se manifestou nesta noite de quinta-feira (24/7) sobre a morte de Marcelo da Silva Santos, de 33 anos. Ele foi agredido por guardas civis municipais no domingo, na festa da cidade, e não resistiu após quatro dias.

O chefe do Executivo chamou a ação de “trágica”, e prometeu agir com “rigor”.

“A priori, já foram afastados os envolvidos dessa trágica ação. Nossa gestão não compactua com a agressão, e muito menos iremos acobertar qualquer ação dessa natureza. Vamos agir de forma enérgica. Iremos trazer aos envolvidos na ação punição conforme a lei”, sustentou.

Arismário se manifestou por meio de vídeo, postado nas redes sociais. O prefeito disse estar sentindo a dor da família.

“Conheço de perto a família. Também sinto essa dor que eles estão sentindo. Nosso papel será sempre de zelar pelo povo. Nenhuma ação vai trazer a vida de Marcelo de volta, mas teremos a consciência limpa de que estaremos dando uma resposta”, pontuou.

 

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O caso aconteceu no aniversário da cidade, no último domingo (20). Uma imagem gravada por testemunhas mostra que uma guarnição está passando ao lado de um trio elétrico. Em poucos segundos, é possível ver a vítima recebendo golpes de cassetete.

Também nesta quinta, o jornalista Jean Mendes cobrou apuração rigorosa. Assista, abaixo:

 

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Um homem de 33 anos, identificado como Marcelo da Silva Santos, morreu nesta quinta-feira (24), quatro dias após ser agredido por guardas civis municipais em Santaluz, Nordeste da Bahia. No início da semana, o NQ+ mostrou imagens da ação dos agentes públicos.

Marcelo estava internado no Hospital Municipal de Santaluz, momentos após receber os primeiros atendimentos médicos no circuito da festa onde acontecia a festa de emancipação política da cidade. Agora, a Polícia Civil trata o caso como homicídio.

Testemunhas serão ouvidas pelos investigadores e delegado titular da unidade policial. Imagens gravadas por testemunhas também serão essenciais para responsabilização criminal de um ou mais envolvidos na situação.

O corpo da vítima deve ser enterrado nesta sexta-feira. Nessa semana, o comandante da GCM de Santaluz, Hugo Ribeiro, disse que a guarnição envolvida na ocorrência já foi afastada das ruas.

 

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PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

Também nesta quinta-feira, o prefeito de Santaluz, Arismário Barbosa Júnior (Avante), abriu Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra cinco guardas – quatro homens e uma mulher – envolvidos no caso. Os nomes serão preservados porque eles têm direito ao contraditório.

De acordo com o texto, foi configurado, “em tese, uso indevido da força, durante atuação no evento ‘Santaluz Fest’, ocorrido na noite de 20 para 21 de julho de 2025”.

Segundo o PAD, “nas imagens é possível visualizar a atuação de agentes da GCM de Santaluz agindo em meio a uma confusão generalizada, sendo apontado por populares, nas redes sociais e matérias em sites, que um folião teria sido hospitalizado em decorrência da intervenção dos Agentes”.

Uma comissão, que tem até 60 dias para finalizar o inquérito, será a responsável pela apuração do caso. Vale lembrar que o Processo Administrativo é diferente do criminal, comandado nesse momento pela Polícia Civil.

Uma mulher, Renata Souza, diz ter sido agredida por guardas civis municipais de Santaluz. O caso, segundo ela, aconteceu no domingo (20), na festa de emancipação política da cidade. Os filhos da vítima também sofreram hematomas.

Em entrevista ao repórter Jean Mendes, a mulher contou que tudo começou após seu genro chegar na porta do evento com uma motocicleta fazendo barulho. Segundo Renata, na cidade, acontecia um encontro do “grau”. Ainda de acordo com ela, o homem apenas estacionou o veículo para lhe ajudar a desembarcar alguns objetos, usados em uma barraca. Foi o que teria motivado a ira do primeiro GCM.

“O guarda estava com muita fúria. Meu filho disse que o GCM deveria, então, prender todas as motos da cidade. O guarda já veio com vários xingamentos. Ele sacou arma para meu filho e eu tomei a frente. Ele tentava pegar meu filho. Falei que eu estava lá para trabalhar. Ele me chamou de vários nomes”, contou.

De acordo com Renata, à medida em que a briga continuava, outros guardas chegaram ao local para prestar apoio aos colegas. Nesse momento, ela diz ter sido atacada por uma GCM feminina, não identificada.

“Lá, chegou uma GCM mulher. Eu a conheço, mas nunca tinha visto ação dela. Ela me puxou pelo cabelo e saiu me arrastando até deixar na sede da GCM. Quando ela me soltou, convulsionei. Quando voltou minha consciência, já tinha acontecido várias coisas. Meu filho levou seis pontos na costela e teve um murro no olho. Também foi levado para a delegacia”, relatou.

Esse foi o segundo caso de agressão envolvendo GCMs na festa de Santaluz. No mesmo dia, um jovem recebeu pauladas enquanto passava ao lado de um trio elétrico.

ASSISTA, EM VÍDEO, À REPORTAGEM SOBRE O CASO DE RENATA

Um jovem está internado no Hospital Municipal de Santaluz, após ser agredido nas comemorações do aniversário da cidade, no último domingo (20). Amigos e familiares acusam guardas civis municipais pelo caso.

Uma imagem gravada por testemunhas mostra que uma guarnição está passando ao lado de um trio elétrico. Em poucos segundos, é possível ver a vítima recebendo golpes de cassetete. No mesmo momento, latinhas são jogadas em direção aos agentes.

Outro vídeo, também feito por quem presenciou a cena, registra a vítima caída, recebendo atendimentos dos paramédicos.

 

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Procurado pelo Portal do Casé e NQ+, o comandante da GCM de Santaluz, Hugo Ribeiro, disse que a corporação ainda não recebeu denúncia formal. Ele garantiu, porém, que a guarnição envolvida na ocorrência já foi afastada das ruas.

“Estamos colhendo os dados. Não teve denúncia formal na corregedoria e a gente pede que a família do jovem faça esse registro”, disse.

Arismário Barbosa (Avante), prefeito de Santaluz, protagonizou uma cena curiosa durante um show que acontecia no Centro da cidade, na noite de domingo (20). O gestor, que é médico, precisou atender um folião que passou mal na frente do palco.

Vídeos mostram a situação. Tudo começou quando o sertanejo Hugo Henrique parou sua apresentação para alertar ao serviço médico da festa que havia um homem caído. “Por favor, algum auxílio. Não veio ninguém do SAMU? Nosso prefeito está indo aí”, disse o artista.

Outra imagem já flagra Arismário prestando o primeiro atendimento à vítima, enquanto Hugo Henrique pede, mais uma vez, auxílio de paramédicos. “Já chamamos mais de 10 vezes. Por favor. Alguém da saúde, com urgência, vem aqui para a frente do palco”.

 

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Durante o atendimento, o prefeito teve auxílio de duas enfermeiras, segundo testemunhas. O paciente foi levado para o Hospital Municipal de Santaluz e não há informações sobre seu estado de saúde.

Policiais civis e funcionários da Delegacia Territorial de Santaluz precisaram ocupar, com autorização do Governo da Bahia, a nova unidade antes da inauguração oficial. A mudança, que já começou, deve ser concretizada até o fim da próxima semana.

As condições de trabalho no prédio onde funcionava a delegacia chegaram ao limite após, na última terça-feira (15), o fornecimento de energia elétrica ser suspenso pela Companhia de Eletricidade da Bahia por falta de pagamento.

O Portal do Casé apurou que o prédio era alugado pela Prefeitura de Santaluz. Por conta de um impasse da gestão municipal com o dono do imóvel, os vencimentos, inclusive de água, não foram quitados. O reestabelecimento aconteceu horas depois.

O que chama ainda mais a atenção é que a nova sede da Delegacia Territorial da cidade está pronta há cerca de dois anos, mas nunca foi inaugurada pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT).

Em setembro do ano passado, com a unidade policial já pronta, o chefe do Executivo estadual esteve em Santaluz. Ao lado do ex-prefeito Júnior do Max (PSD) – opositor do atual gestor, Arismário Barbosa -, deu por entregue os sistemas de abastecimento de água e entregou escola.

A delegacia de Santaluz deixou de funcionar nesta terça-feira (15/7) por falta de pagamento da energia elétrica. A informação foi dada pelo jornalista Jean Mendes e confirmada pelo NQ+.

Uma fonte que prefere não se identificar informou que o prédio onde a unidade funciona é alugado pela Prefeitura de Santaluz, responsável pelo pagamento da energia.

Nesta manhã de terça, funcionários e cidadãos que precisaram do serviço foram surpreendidos pelo corte, efetuado pela Companhia de Eletricidade da Bahia (Coelba).

Até a tarde desta terça, a Prefeitura de Santaluz não tinha se manifestado sobre o assunto.

Vale lembrar que a nova Delegacia de Santaluz (foto acima) já está pronta, mas nunca foi inaugurada pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT). O gestor, inclusive, já esteve na cidade, mas não há informações sobre o motivo de o prédio não ter sido aberto.

Seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela Polícia Federal nesta terça-feira (1/7), em Santaluz.

A Operação Despesca II tinha o objetivo de cumprir mandados judiciais decorrentes de investigação sobre mineração ilegal de ouro.

A ação, segundo a PF, é um desdobramento da Operação Insistência, realizada em dezembro de 2023, ocasião em que foram cumpridos mandados de busca e apreensão em um conjunto de garimpos localizados em uma fazenda no povoado de Serra Branca, além do endereço residencial do atual proprietário da área.

Nesta nova fase, os policiais estiveram em imóveis residenciais de investigados, em empresas a eles vinculadas e em uma propriedade rural onde foi instalada uma nova planta para extração de ouro, a partir de “rejeitos” de minério oriundos de garimpos ilegais, em Serra Branca.

As investigações apontam que os suspeitos continuam na prática criminosa, transferindo as piscinas de cianetação para outro local com o intuito de dissimular a continuidade da atividade ilícita e dificultar a fiscalização ambiental.

A lixiviação era feita com o uso indevido de cianeto de potássio ou cianeto de sódio, substâncias altamente tóxicas e de uso controlado pelo Ministério do Exército. A manipulação irregular desses compostos representa grave risco à saúde humana e ao meio ambiente.

Os investigados poderão responder pelos crimes de usurpação de bens da União; associação criminosa; posse de artefato explosivo; extração ilegal de recursos minerais e uso e armazenamento irregular de substância tóxica, perigosa ou nociva.

Um homem, que não teve o nome revelado, morreu após troca de tiros com a Polícia Militar em Santaluz, na madrugada desta segunda-feira (26/5). O criminoso, segundo a corporação, é suspeito de um crime que chocou o bairro JK, na semana passada.

A ação foi da Companhia Independente de Policiamento Especializado (CIPE/Nordeste) e da 5ª Companhia do 16º Batalhão. Os agentes disseram que receberam uma denúncia de que dois homens, armados, estavam planejando um novo ataque na cidade. Assim, uma operação foi montada.

Durante a aproximação dos suspeitos, no bairro Estádio, sustenta a PM, as viaturas foram recebidas a tiros. Houve confronto e um dos rapazes foi ferido. Ele foi socorrido, mas não resistiu. Já o comparsa conseguiu escapar e está sendo procurado. Com o morto foi achada uma máscara, um revólver calibre 38, municiado, e um celular.

A PM acredita que a dupla matou a tiros, no último dia 22, Izailton Santiago da Silva. Ele, que era trabalhador, estava em casa com o filho, Everton Barbosa da Silva, quando foi surpreendido. A vítima se colocou na frente do suspeito. O alvo era Everton, que também acabou baleado, mas está internado em estado grave.